Sem sono, passei a noite de livro em livro. Aqui passei também o meu tempo e reparo que devo ter estado mais de uma hora à procura da fotografia de um fogão a lenha na net; desdobrei-me em esforços: do Brasil a Inglaterra, passando pelos "forneau à bois" franceses. Não encontrei, tentei cá em casa e, surpreendemente, passados dez minutos tinha o que queria, o fogão na cimalha do post. Antes de desligar o computador já é dia. Vou dormir agora, a estas horas, e logo será o acordar, já a meio da tarde, ou se tiver sorte, com a noite a cair. De vez em quando, resvalo pela noite, alheio a qualquer preocupação de horas. Das primeiras vezes, a partir das seis impunha-me uma, "mesmo sendo amanhã domingo", no bom-senso cordato e indignado que perpassa a passos miúdos até no que aqui escrevo. Quando acordava, domingo à tarde, mentia-me uma mentira tristonha, vagamente moralizante, como acabam por ser todas: ah! estou engripado, fiz bem em estar na cama, frases destas, apercebendo-me, ainda mais vexado, que a collage com os textos da banalidade, o desejo balsâmico dela, me tornava num ser mais estranho que um mero noctívago que passou a noite em claro a ler...
Agora, resolvida a questão, bocejo de liberdade e o sono vem, pesado e bom. E há que dormir bem.
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