terça-feira, março 31, 2009

Com este espírito de crítica exarcebada não vamos lá: leio indignações por jornais e blogs porque o Senhor Presidente da Câmara de Braga nomeou para a presidência da administração de uma empresa municipal um senhor que foi condenado por corrupção.
Admirações torpes e labregas: é sabido que mais do que a mera condenação, pretende a lei a reabilitação do delinquente; ora, é nessa difícil tarefa que o Sr. Presidente da Câmara de Braga vem colaborar com o seu gesto solidário, eivado das mais profundas preocupações sociais.
Eis um exemplo a seguir!
Assim Portugal fica melhor.
Pergunto-me se o PGR já percebeu que não pode arquivar o caso Freeport.
Mesmo que até o pudesse fazer. Mesmo que o - de um ponto de vista estritamente jurídico - o devesse fazer.
Leio o Hemingway, nos Intelectuais de Johnson.
Sabia da zanga com John Dos Passos, que não perdoou - e que nunca esqueceu! -o assassinato do seu intérprete, José Robles, pelos comunistas espanhóis. Hemingway preferiu acreditar nas desonestas explicações dos comunistas sobre o caso e passou a atacar violentamente Passos com, entre outros argumentos, piadolas sobre a sua origem portuguesa.
Contínuo a pensar que dos Hemingway se salvam as mulheres (a mãe e as netas), o Adeus Às Armas, e mais uns contos até aí.

segunda-feira, março 30, 2009

Esta gente e o seu governo pela abrasão (e até aí incompetente) irrita-me, mas temos de voltar a falar de coisas sérias.
Continuo a ler a guia («a» guia, sim) de Portugal de Ann Bridge e Susan Lawndes e sinto vontade de ir lá, ao país hospitaleiro e alegre. Uma viagem é longa.
O ser uma das autoras embaixatriz de Inglaterra abriu-lhe as portas da percepção para experiências tão difíceis quanto a Golegã (lida hoje), que viveram muito bem e descrevem com sainete.

sábado, março 28, 2009

Esta gente usa de uns expedientes que, não fora o estado calamitoso do país, acabava-se por achar graça: do atraso à crise, para as grandes e pequenas coisas, a culpa é sempre do estrangeiro, como foi notado por vários leitores do Público, em comentários de que este post acaba por ser um mero apanhado.
Muitos, também, os indignados como a responsabilidade pela grotesta espera, atirada a um governante estrangeiro de visita oficial ao nosso País. Que tal desculpa, que se traduz na confissão de um comportamento universalmente considerada indigno e hostil (a hospitalidade e o respeito pelos visitantes encontram-se em todos os locais do mundo, em qualquer cultura) seja a explicação oficial escolhida pelo gabinete do primeiro-ministro é de atordoar qualquer alma lusa de mediana sensibilidade e alguma memória.
Ainda antes do almoço.
Ouvir a conversa Freeport tem um efeito assolador - e catártico: assim opera o verbo.

(A TVI não podia fazer outra coisa, depois do estranhíssimo comunicado da ERC, entidade que fica agora reduzida à mais benéfica insignificância.)

Augurio àquele he was just beeing stupid um futuro risonho. Já o usei hoje no dry martini.
E a propósito de generosidade, Merkel vem avisar sobre as possíveis repercussões negativas do uso de demasiados meios dinanceiros para combater a crise. Um bom aviso para as prodigalidades tão típicas dos insolventes.
O público que ontem vaiou o primeiro Sousa no CCB era soberano a vários títulos: porque tinha comprado o seu bilhete, porque o CCB foi construído com o seu dinheiro, porque os ministros o servem e não são servidos por ele: que se passe por cima disto e haja o arrojo de fazer atrasar o início da ópera para nele acomodar o atraso do primeiro-ministro é o sinal de que o abandalhamento chegou onde não se esperava que chegasse.
Espero que tenha sido uma vaia bem viva e sonora dos responsáveis pelo espectáculo a Sousa, se não avisou que chegaria tarde e não rejeitou a triste ideia do atrasar o começo da ópera.
P.P. (post post): a vaia, uma forma de protesto que vem da antiguidade clássica e com tradições nobilíssimas entre nós (D. Pedro IV foi vaiado em S. Carlos) parece-me uma demonstração excessiva para o atraso do Sousa e responsáveis pela espera. Uma pateada bastaria.
Mas somos assim, um povo generoso.
Vasco Pulido Valente escreve hoje no «Público» que Manuela Ferreira Leite não cria o entusiamo a convicção e o drama precisos para acordarem o PSD e, suponho, convencer os portugueses.
Eu percebo o que VPV quer dizer. Mas também acho que após anos de entusiasmo, drama e... de pioria das condições de vida, talvez os portugeses apenas queiram escutar, sentados à secretária, de papel e lápis na mão quem lhe diz algo de desagradável mas onde reconheçam o indisfarçável e raro som da verdade.
Vi o telejornal das Sextas da Manuela Moura Guedes. Nenhuma novidade.

sexta-feira, março 27, 2009

A falta de escrúpulos atinge aqui os píncaros da abjecção: o presidente brasileiro faz, de um modo pensado, observações soezes de teor racista, conjuntamente com outras, tudo a apelar ao que de pior há no ser humano.
Quando vi, há uns tempos, a entrevista de Ricardo Salgado na televisão - e respectivo elogio ao primeiro-ministro - temi o pior. Ontem o BES caiu 8.19% depois dos direitos de subscrição do BES mergulharem 26% num dia!
Entrevista salvadora!

quinta-feira, março 26, 2009

Coisas da primavera: das minhas mansamente infactíveis fantasias de pré-adolescente foi esta a que me deu mais pena ficar em estado de mera (im)possibilidade: acompanhado de um banjo (igual ao do George - Jerôme K. Jerôme) e de um casaco destes, na celebração da vitória (por Oxford).


quarta-feira, março 25, 2009

Ontem à noite li partes do Duas Inglesas em Portugal. A gente lê a descrição do país rural, olha para o estado actual da agricultura e percebe que, verdadeiramente, não evoluímos, que nos limitámos a mudar de assunto e falamos agora do que não sabemos.


Anunciação

segunda-feira, março 23, 2009

Há gente muito preocupada com o que uma débàcle da economia e das finanças representará para Portugal em termos de perda de soberania.
A minha esperança, pelo contrário, é que, chegado o momento, a rédea fique bem curta. Para nosso bem, porque, Caros Leitores, isto está medonho e para governar o país basta o gerente de hotel suiço que já solicitei, a que acrescentaria alguns quadros médios reformados de uma regular empresa alemã e um gerente reformado de uma agência média de um banco canadiano. Ponham-se, para satisfazer o nosso gosto pelo luxo, alguns britânicos e um ou dois nórdicos para organização geral e um francês - qualquer um - que nos alimentasse o ímpeto palrante.
Eles sempre se distraíam e nós viveríamos muito decentemente uma existência mais digna.
Li a crítica de Anthony Kenny à biografia de Bowra (sugestão de Charlotte) e acabei por reforçar a minha antipatia por Waugh.
Dizia alguém que Evelyn Waugh julgava ser um gentleman até sua sogra, Lady Winifred Gardner, ter a caridade de lhe dizer que não era tal coisa.
Lady Winifred tinha razão: Waugh, pretendendo desfeitear Hugh Trevor-Roper a propósito de um livro deste, escreveu a Bowra indagando da posição de Roper em Oxford para saber se o podia fazer impunemente. É um acto próprio de um lacaio poltrão, nos antípodas do que alguém com um mínimo de decência faria.
O interessante é que o arrivismo de Waugh impregna, penso, a sua obra e contribui para alguns ilogismos. Um exemplo? A tristeza de Charles Ryder, que já fez confusão a Nancy Mitford e a que Waugh não soube responder. Carlos, um parvenu acidental, sempre me pareceu triste apenas para não parecer pateticamente feliz com a sua sorte.

domingo, março 22, 2009

Algumas notas para um post.
- Procede o acaso por tais minuciosos acasos que... - pequena nótula sobre o barroco e a Quaresma;
- Distinção necessária entre o acaso, exiguidade e outros casos de necessidade topológica - para moradores em terras pequenas. Subdistinção em matérias diversas, com algum destaque para as dos affaires de coeur.
- Os ais de cuidado e a esperança à coup de souffle: diferença de ofegares ao ouvido experimentado em tribulações.
- O amor e a idade. Salvo excepções (Garrett, Zsa Zsa Gabor), pugnar pela vantagem da caducidade dos affaires quando um saco de viagem para remédios se torna um presente sensato.

sábado, março 21, 2009

Mais vale tarde do que nunca:

Do Ciberdúvidas

«Como tenho dito, defendi tenazmente o novo Acordo Ortográfico, o que se pode observar nos meus artigos em Ciberdúvidas, e agrupados na minha página em "Problemas Ortográficos, Novo Acordo". Agora sinto-me perplexo, com o receio de que, efectivamente, esteja à vista uma mudança com perda da nossa identidade nacional na língua.
Receio bem que acabará por se reunir uma comissão, sim, sob a égide da CPLP… mas unicamente para a elaboração do tal Vocabulário Comum; na qual Portugal "solicitará" aos autores do VOLP brasileiro que façam o favor de adicionar uma ou outra variante europeia, indicada pelos nossos representantes nessa comissão… Preferências depois eventualmente controversas na comunidade linguística portuguesa. Aliás, a Academia Brasileira de Letras anuncia que já escolheu muito bem as variantes portuguesas (pois atendeu ao acordo de 1945) e que não há boas razões para nós não aprovarmos em linhas gerais o seu VOLP. Está bem de ver que viremos dessa comissão com o coerdeiro… e outras soluções que não têm sido as de Portugal… » (realces e itálico impensáveis)

D'Silvas Filho

Conhece o Manisfesto? Pode sempre assinar.

sexta-feira, março 20, 2009



«There seemed to be a desire for something frolicksome to follow upon this conversation, and in a weak moment I suggested that George should get out his banjo, and see if he could not give us a comic song.
I will say for George that he did not want any pressing. There was no nonsense about having left his music at home, or anything of that sort. He at once fished out his instrument, and commenced to play “Two Lovely Black Eyes.”
I had always regarded “Two Lovely Black Eyes” as rather a commonplace tune until that evening. The rich vein of sadness that George extracted from it quite surprised me.»

Tree man in a boat

Comissão de Comemorações Primaveris

terça-feira, março 17, 2009

Passei horas à procura de «Três homens num bote». Encontrei agora, arrumado, na estante errada, isto é, na situação mais difícil de todas para uma busca frenética bem sucedida. Quando um livro está franca e lealmente desarrumado, basta alguma sorte para o encontrar, num daqueles discretos monturos de papéis velhos, constituídos por postais de há 20 anos, programas de São Carlos, mapas dos autocarros de Stavanger, catálogos Sony de 1994, números da Kapa e livros avulso, tudo interditado à empregada e à nossa própria diligência (os perigosíssimos assomos de boas intenções!) sob penas e maldições severas.
Mas quando está mais ou menos arrumado, que trabalheira insana! Enfim, encontrei. E, pelo caminho, «Le monde d'hier» de Stefan Zweig, «O Lobisomem» de Dumas - naquela edição dos Livros B, com as folhas em azul, que toda a gente achava feia e de que eu gostava, e o catálogo do museu Munch.

A convalescer desta actividade e dos espantos dos achamentos, leio que o FMI prevê que as economias da zona euro possam contrair 3,2%. Ia esmorecer e murmurar maus presságios, mas lembrei-me a tempo que o primeiro-ministro declarou que o FMI é uma organização sem prestígio.
Fui ali ao Portugal dos Pequeninos deixar um comentário a este post por, verdadeiramente, crer que um decreto da maçonaria é o cimento que congrega alguma gente neste apoio ao acordo ortográfico, onde a sabujice das nulidades de cá se casa com as pretensões do ultra-nacionalismo brasileiro e, em particular, da sua academia que, salvo na imortalidade, é toda ela à francesa - desde as fardas ao edifício - uma coisa a imitar o Trianon (!), construída pelos franceses para albergar um pavilhão seu numa feira internacional e que depois, findo aquela, por não valer a despesa o embarcar tudo aquilo de regresso a França, lá deixaram ficar, como presente (os franceses, há que dizê-lo, não perdem ocasião para se divertirem um pouco).
Entretanto, mais de 100 000 pessoas - tenho o nome entre os primeiros quatrocentos - assinaram a petição, caso inédito e que me parece o fim do miserável acordo, filho da vaidade e da estultícia de alguns e do subdesenvolvimento e da ignorância de aquém e além Atlântico.

segunda-feira, março 16, 2009

Uma rapariga agrediu a murro e a pontapé a professora, que foi parar ao hospital. Na sala ao lado estavam uns polícias que falavam sobre segurança rodoviária e que intervieram no salvamento da professora. Interrogado pelos repórteres, um dos PSP dizia serem coisas que acontecem numa escola.
Pois parece que sim, que acontecem.
O problema é exactamente esse (mas acho que o sr. polícia não concordaria comigo).

domingo, março 15, 2009

Roma, Idos de Março de 44 a.C. Júlio Cesar foi assassinado no Senado.
Esqueci-me de apagar a programação de gravações e hoje encontrei o programa de Constança Cunha e Sá no TVI24. Acabei por ver ainda partes deste. Constança tem em relação à representante governamental o interessse ocasional e solícito que dedicamos à observação do vôo de um moscardo, quando o tédio espreita. Que fazer? É difícil resistir ao ímpeto entomológico em tais casos.
João Pereira Coutinho, bem, mas prefiro lê-lo. Viegas, que atribuiu 5 ou 6 em 10 a este governo, não desdenharia, certamente, considerar a viagem do Titanic como muito razoável: boa cozinha, boa música, excelente companhia e gelo em abundância (nada contribui mais para o fiasco de uma festa do que a falta dele). O optimismo tem, porém, os seus limites e os meus são baixos.
Já anulei a ordem de gravação.

sábado, março 14, 2009


By the late 1970s [...] He still recorded periodically, but commercial success eluded him. Rick's primary source of income was non-stop touring, ranging from intimate clubs and bars to the county and state fairs where he attracted large crowds that remembered him from his days as a teen idol. Wikipedia

Ontem, no telejornal da TVI - que, apesar de alguns tiques de que não gosto, tem um efeito agradável de ar fresco - o Bispo da Guarda D. Manuel Felício demonstrava que ninguém como um homem da Igreja para o saber minudente das coisas terrenas, in casu, a pobreza e como lhe acudir, a organização dos bancos alimentares, as cadeias de solidariedade, o desemprego, os custos de interioridade e a desertificação, os custos de produção aumentados de uma fábrica longe dos grandes centros. Factos que bastavam para assombrar dez governos.
Fui ao Ephemera (JPP está de parabéns pela boa ideia, que lhe faz honra) e dei com o Soldado Vermelho, um jornal do Partido Comunista para os praças. O exemplar on line é de 1935 e, entre outras coisas curiosas, alerta para uma guerra que Salazar estaria a preparar, mas sem dizer porquê nem contra quem. Dei por mim a sorrir e a pensar que objectivamente, é incrível, mas os soldados portugueses estavam bem mais a salvo dos inimigos externos e internos do que os soviéticos, para me sentir, logo de seguida, vexado por aquele é incrível. Porque seria incrível? Há alguma dúvida sobre a natureza do regime comunista? Tenho alguma dúvida? Não tenho, ora essa!
Quase incrível - e igualmente assustador - é perceber como a linguagem do Soldado Vermelho é, ainda, actual muito próxima da usada nos nossos dias pelo governo no que a realidades outras toca, e ao recurso para esse e outros fins, à velhinha má fé (hoje, VPV notava que o PS se servia de métodos típicos do PC com Manuel Alegre), pelas esquerdas e, em geral, por qualquer português que continue a sucumbir à facilidade desonesta de apelar à inveja para justificar as nossas misérias, sempre injustificadas e sempre culpa d'eles.

sexta-feira, março 13, 2009

Deixei de ler.
Contribuiu o ter-se tornado impraticável, pelo menos enquanto não houver próteses cervicais fiáveis, a posição (decúbito lateral, cabeça apoiada na mão, o braço fincado no cotovelo, o pescoço em dobradiça, tal qual este, mas sem cão) em que lia com mais afinco, gosto e proveito, e ora impossível.
Alguma vocação para a nadificação termal teve, também, papel não dispiciendo e tenho sentido algum gosto neste não saber, que começo a reputar de higiénico.

quinta-feira, março 12, 2009

«Longo intervalo publicitário»

Manuela Ferreira Leite não podia ter sido mais certeira.

(Poderia ainda ter acrescentado que a publicidade era enganosa, de quinquilharias e gadjets).

quarta-feira, março 11, 2009

Espanto com anacoluto
Eu faz-me muita confusão estas recepções ao presidente angolano e ao reconhecimento que são de toda aquela situação em Angola de que oiço e leio coisas tão preocupantes. E um dia - que espero chegue - os angolanos vêm-nos pedir contas destas empresas que não podem ser senão deles e de mais ninguém, coisa simples de que nós, Portugal, fingimos não saber.
Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
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Alberto Caeiro

terça-feira, março 10, 2009

Fui parar a um escrito de propaganda da publicista pró-governamental F. Câncio, publicado no DN.
Nele se afirma, num estilo tributário das hagiografias populares, que Vital Moreira «recusa usar as insígnias dos catedráticos, os chamados "capelo e borla" por as achar "ultrapassadas e ridículas" » (é a renúncia edificante, um dos clichés do género).
Convirá dizer que:
1º A borla e capelo não é uma insígnia dos catedráticos.
2º Vital Moreira não é professor catedrático, mas simples professor associado.
Definitivamente, a situação tem um problema com os títulos académicos.
Céu azul, muito luminoso. A manhã foi fresca, de um fresco ameno, quase tépido.
As bolsas estão no verde, o Citi teve lucros e ainda não ouvi falar do governo.

sexta-feira, março 06, 2009

A irritação de não encontrarmos a passagem que procuramos (no caso, D. Nuno Álvares Pereira em Atoleiros) nada é quando comparada com a sentida pela desfaçatez com que, durante a busca, o acaso nos depõe nas mãos, e peremptoriamente sob os nossos olhos, dezenas de pequenos trechos - que digo!, obras inteiras, Operas omnias! - que procuráramos durante meses, às vezes anos, que há muito desistíramos de tentar encontrar, com a falta das quais já nos haviamos há muito conformado e que agora, com leveza e facilidade impantes, se riem da nossa resignação, tão amadurecida quanto vã.

quinta-feira, março 05, 2009

Atendi a chamada. Uma sondagem. Anuí. Perguntas tendenciosas, desonestas. Disse do meu espanto pela manipulação. A entrevistadora, baixinho, dizia que também achava, mas que era mesmo assim, que era assim que eles queriam.
E eles, entre outras coisas, queriam a glória do acordo ortográfico e de Pinto de Sousa ratificada pelas sondagens.

terça-feira, março 03, 2009

A realidade parece comprazer-se em estilhaçar-lhes os discursos.
O lhes refere-se ao governo, à população da esquerda e suas crendices.

segunda-feira, março 02, 2009

O Dow está nos 6000s: 6841*.
Vendo bem, vendo bem, com a crise financeira-económica declarada desde Agosto de 2007, a descida de Janeiro de 2008, não faltou tempo a Obama para meditar sobre a situação económica-financeira. Mas a nova presidência tem sido fraquinha, inábil, qualquer coisa inconsequente, muito longe do que poderia ser classificado como um rumo certo, a expressão de uma vontade forte e tudo o mais que os leaders costumam demonstrar nestas ocasiões (e a que as bolsas não ficam imunes).
*No fecho, 6763.
Depois de uma visita ao sitemeter, estou apto a afirmar que este blog tem leitores das melhores e mais escolhidas proveniências, tal como os cafés do Pereira.

E por causa do Pereira (fui ver ao google se estava na net) e encontrei um blog bom sobre cafés, o República do Café.

domingo, março 01, 2009