quarta-feira, março 30, 2011

Pode não estar provado que o nível educacional influa na economia. Acredito que não esteja, mas aquela diferença entre Portugal e os restantes países europeus, tão visível nos gráficos, se não existisse faria, pelo menos, que nos lamentássemos de outro modo.

terça-feira, março 29, 2011

De Florença de finais do séc. XIX a uma morte num dos aviões que embateu numa torre gémea, no 11 de Setembro. De passagem, uma bibliotecária que, dizia, lá por o ser não precisava de se vestir como tal.

sábado, março 26, 2011

Eh bien..., como escreve hoje Vasco Pulido Valente, «A algazarra que por aí se estabeleceu com a demissão de Sócrates, perde de vista o essencial, como luminosamente demonstrou o dr. Teixeira dos Santos. Cada português se acha no direito a que o Estado lhe pague a escola e a universidade (incluindo, para quem precisa, uma bolsa de estudo); a que o Estado o assista na doença e na "terceira idade"; a que o Estado (em certos casos) lhe dê uma habitação condigna; ou a que o Estado lhe garanta o emprego e o salário e, no funcionalismo público, uma carreira regular e rápida. E isto, na cabeça do cidadão esclarecido, é só uma parte daquilo a que o Estado pelo simples facto de existir se obrigou com ele. Basta abrir um jornal ou ligar a TVI ou a SIC para se perceber que o país não põe o mais vago limite ao que julga o seu património social. Esta civilização em que vivemos - e a palavra é justa - foi criada a seguir à II Guerra, durante 30 anos de uma extraordinária e irrepetível prosperidade, pela esquerda socialista e social democrata (às vezes com o apoio da democracia-cristã e até de alguns partidos conservadores). Do berço à cova (não em Portugal, claro), o Estado tratava da nossa querida vida e resolvia os nossos problemas. Não vale a pena discutir os méritos desta horrível visão. Mas vale com certeza a pena compreender que esse mundo não volta e que os vestígios dele irão desaparecendo lentamente na miséria geral. A Europa já não é uma potência, é um lugar turístico. E o dinheiro acabou. Ninguém sabe o que aí vem, para lá da dívida e do défice, excepto que seguramente não será nada como dantes.» ...acabou.

sexta-feira, março 25, 2011

Sobre Passos, nunca me pareceu que fosse além da mediocridade vigente: muito estado, ppp's, amizades com maçonaria, banhos-maria etc. É mais educado do que Sócrates, o que é bom e tem um adjunto, o Relvas, que podia ser ministro do actual governo, o que é mau. De tudo isto fica, apesar de tudo, a vantagem de alguém menos irritante e menos 1.5 a 1.9 pontos na escala lusitana da folie des grandeurs (mas Relvas queria um "aeroporto já" para a grande companhia de bandeira, etc... Mas, o que lá está é um ganster. Se sair, faça-se o balanço: alguém cordato como 1º ministro. Já não é mau. Para as tais reformas, necessárias desde 1871, desde 1915, desde 1945, 1975, 1984, e de 1992 até ao presente não vejo ninguém.

quinta-feira, março 24, 2011

quarta-feira, março 23, 2011


Elizabeth Taylor
27 Fevereiro, 1932 – 23 de Março 2011
Entre as duas datas, uma vida cheia de génio, beleza e amor
Um daqueles dias em que tomamos resoluções.
Saí e vi, num canteiro à porta de uma casa, um arbusto de um branco muito luminoso e alegre.

sábado, março 19, 2011

Tenho a impressão que há por aí uma profusão pouco habitual de cês atrás de tês.

É o efeito do «acordo ortográfico», um papel assinado entre dois países com índices de analfabetismo vergonhosos - e mesmo escandalosos atentas prosápias e ambições em que se esgotam... A verdade é que Portugal está atrás da Venezuela - do Chile e da Argentina nem vale a pena falar... - do Uruguai, de Chipre, e a vinte lugares - pois é - da vizinha Espanha e o Brasil ainda muito atrás de Portugal (atrás da Bolívia, entre muitos outos)! E são estes dados, que esquecemos tanto, que nos fazem perceber com alguma nitidez porque somos o que somos e celebramos «acordos» destes, provincianos e tolos.

Estes «cês» são em legítima defesa, pobre de nós.

terça-feira, março 15, 2011

Estive a fazer a lista dos livros preferidos no perfil do Facebook. Apercebi-me que alguns deles se tornaram meus preferidos por não os ter lido nunca.

segunda-feira, março 14, 2011

Tive uma sensação de insulto, de ultraje, quando ouvi o anúncio congelamento das pensões mais baixas, algumas de duzentos e poucos euros.
Não pode ser, poupem noutro lados. Não podem ser condenados a uma vida ainda mais difícil - e com que antecedência - os mais frágeis e indefesos portugueses.
Esta gentalha é abjecta!

domingo, março 13, 2011

«Sócrates enunciou ainda uma série de medidas tomadas ao longo dos últimos seis anos, desde que é primeiro-ministro, e que classificou como "política de modernidade" e de "defesa dos jovens", tais como “a lei mais justa na interrupção voluntária da gravidez”, “a lei da paridade, para que mais mulheres tenham acesso à vida política”, a iniciativa legislativa no campo do divórcio litigioso ou “a lei que permite em Portugal o casamento entre pessoas do mesmo sexo”.

“É assim que se constrói uma política de modernidade e uma política para o futuro”»

do «Público»

E o problema é que deve pensar sinceramente que sim.
Sempre o achei, além de muito ignorante, limitado intelectualmente.
Que o país o tenha eleito e reeleito, eis o drama.

sábado, março 12, 2011

Madrugada. Bolsas em baixa, situação política medonha, os idos de Março, de que nos devemos acautelar todos.

Visita fora de horas à Amazon.co.uk que tem free delivery para Portugal. Comprei um Warburg, um ensaio do Hazlitt, outro do Empson e mais umas coisas, mas a minha wish lista está cheia com os livros de £ 45 and above e que considero não serem urgentes, sendo certo que nenhum dos que comprei hoje o eram.

Fui verificar umas coisas n'A Cidade e as Serras e, por aí lembrei-me de Galliffet e do Festin de Babette, bom para esta meditar sobre a Graça de Deus, nesta época de Quaresma. O medo de Babette por Galiffet, que a leva a sair de Paris, a exilar-se, a viver a rude vida de renúncia, é absurdo, mas Babette, que aceita o que lhe é dado, é o contrário de um ser desesperado.
Postt relido, em busca de gralhas e vejo como pode induzir em erro e a levar que tomem o a. do blog por um leitor dedicado. A verdade é que a leitura é pouca, desde há muito tempo, e gastos tempos infinitos em pasmatório internético.
Escolho as 11:39 como hora de saída do post.

quinta-feira, março 10, 2011

Cavaco não seria, talvez, um político de 1ª linha num país com uma democracia sólida, mas o discurso de ontem bastou para mostrar quão obsoleto é este governo.

sexta-feira, março 04, 2011

Da crónica que Vasco Pulido Valente dirige, no Público, a Mário Soares

«E de que no dia 12 de Março ela irá tranquilamente à Avenida da Liberdade, não para pedir a ressurreição de um tiranete qualquer, mas para protestar contra a maneira como o PS e o PSD governaram Portugal em plena impunidade durante quase quarenta anos. Com os resultados que se vêem.

Seu incondicional admirador, V.P.V.»

A palavra chave é «impunidade», conseguida e mantida através de leis eleitorais que têm como fito retirar ao povo, quanto possa, o controlo sobre os seus representes.

quinta-feira, março 03, 2011

O país, o mundo, têm outras preocupações, mas nunca será demais lembrar que as torradas, mesmo fininhas, devem ser sempre moles no meio.