quarta-feira, junho 26, 2013

A sensação de viver um interregno. Tempo e locais inóspitos  que as grandes e pequenas coisas parece terem desertado.

Comecei a ler The Diary of a Country Parson, no caso James Woodeforde, que chegou hoje da Amazon.
Primeira surpresa, a data da sua publicação, anos vinte do século passado. Tinha pensado o Diário obra conhecida desde os inícios do séc. XIX.

quinta-feira, junho 06, 2013

Junho. O  tempo passa.

Há dias, um político perguntava-se sobre o porquê do salazarismo ter demorado tanto.

Entretanto, na televisão, uma criada de Salazar veio visitar o Palácio de S. Bento.
Conta hábitos frugais e  o relato das poupanças faz ressaltar a ironia: na altura, Portugal crescia quase 10% ao ano... Hoje, o inquilino de um palácio de São Bento sofisticado dirige um país falido.
Está-se a pensar nestes desconsertos quando se vê a empregada que, na Feira do Livro, encontrou, ocasionalmente, Santana Lopes, que ocupou o mesmo lugar de Salazar: a chefia do governo português.

Não sei porquê penso no monólogo de Alfred Doolittle, pai de Elisa.

A  questão é que indignos ou dignos, a apoiar - ou tolerar - uma ditadura ou  a viver em democracia, as necessidades são as mesmas -  e cada vez temos menos.