sábado, junho 25, 2011

Que fará o a. deste blog, perguntarão os leitores deste blog. Caberia responder e, imodestamente, falar da minha apurada arte de não fazer nada, mas estamos em tempos de sesta.

Sempre direi que leio Saint-Simon, o cronista duque - não o conde socialista primo dele - e abrigo-me do calor.

terça-feira, junho 21, 2011

A má notícia deste governo é, sem dúvida, o secretário Viegas, um comerciante hábil com vastas ligações ao Brasil e il va sans dire, acérrimo defensor da ortografia brasileira em Portugal.
A fragilidade da nossa democracia e a tradição de autoritarismo, tudo ao serviço de manias de grandeza - por interposto país - e oculto místico da «lusofonia» (uma rendosa superstição de estado), a que se há-de acrescentar ainda a agressividade do nacionalismo imperialista brasileiro, tudo prognostica os piores resultados.

domingo, junho 19, 2011

Não digam os vindouros que este blog se calou perante essa coisa antiquíssima e repetitiva que é um novo governo:

Ora, em relação ao Governo Passos-Portas confessa-se esperar alguma ordem nas públicas finanças (lembrei-me agora de Uma Campanha Alegre e dos adjectivos colovados
à inglesa) a cargo de um financeiro não ferozmente estatista; será difícil, já que nunca os houve em Portugal; espera-se ainda que Vancouver vença Viseu e o culto lusitano do Estado na mente e prática do Dr. Álvaro Santos Pereira, digno A. dos Desmitos.

Espera-se que as boas intenções de Nuno Crato passem disso mesmo. Mais se espera que o nacionalismo brasileiro que nos quer dotar de uma ortografia amputada ad usum das ambições de grandezas brasíllicas não faça demasiados estragos.
Quanto ao que seria mais preciso, lavar a alma e retomar o fôlego, não me parece que seja governo para isso, mas pode sempre haver surpresas.

terça-feira, junho 14, 2011

O «grupo de Bilderberg» que a esquerda e alguma direita quiseram elevar a obscuro e malévolo grupo de estratégia do supra-capital mundial e da nova ordem mundial reuniu-se este ano na Suiça.
Uma das participantes é a nossa Clarita Ferreira Alves, animadora no popular programa «O eixo do mal». Vai também António Nogueira Leite, economista, administrador de uma empresa do grupo Mello e blogger conhecido.
O representante do grupo em Portugal, responsável pelos convites, é Balsemão, golfman, antigo primeiro-ministro e dono do Expresso e da Sic, que foi, ele mesmo, apresentado ao grupo por Medeiros Ferreira, outro tenebroso servo do transcapitalismo.

Que todos tenham tido merecido descanso no revigorante ar das montanhas suiças.

segunda-feira, junho 13, 2011




Santo António de Lisboa

Meu rico Santo António
Santinho do meu coração
Dá-me riqueza e saúde
Muita paz e muito pão

domingo, junho 12, 2011

Escreve Vasco Pulido Valente, depois de muitas aspas - um efeito retórico que não dispensa:

«E voltou também à sua obsessão de infância, o círculo uninominal, a que atribui virtudes miraculosas. Nunca lhe ocorreu que o círculo uninominal iria entregar a Valentim Loureiro e à sua estirpe a escolha e o domínio do Governo, como já entregou as câmaras (tirando Lisboa, o Porto e mais meia-dúzia por aqui e por ali ) e os partidos, sem qualquer excepção.»

O visado é António Barreto

Cabe perguntar o que pode acontecer de pior depois do que tem acontecido, e que fosse admissível na Europa, que não toleraria que fôssemos uma Guiné-Bissau ibérica, apesar dos cuidados legislativos com a demagogia e o povo - sobre o qual Pulido Valente tem uma visão tão pessimista que faz lembrar Maîstre. É que este regime permitiu que um régulo constitucional levasse o país à bancarrota perante a impassibilidade do presidente da república e do presidente da assembleia da república (que se preocupou tanto com a implantação da ortografia brasileira!).

Teria acontecido o mesmo com um parlamento formado no todo ou em parte significativadeputados eleitos por círculos uninominais e não dependentes do chefe? Não sei. Mas com este, produto da actual lei, a demissão dos eleitos foi total.
Experimentar uma lei eleitoral mais perto das existentes nas democracias europeias não será um mal.
O dia 12 de Junho era, da escola primária até ao fim do liceu, o primeiro dia das Férias Grandes.
Depois eram quase 4 - quatro - meses sem nada para fazer, com muito tempo de praia pelo meio.
Não havia ocupação de tempos livres, havia a piscina de manhã, à tarde lia-se, jogava-se cartas brincava-se. Depois de jantar, as primeiras saídas, incipientes, com o limite do regresso a casa que se foi alargando das dez e meia até à meia noite e depois já sem limite mas sem abusos. Férias dentro de férias, a ida para a praia, primeiro três meses depois, já não sei porquê, mas também a pedido, apenas um. Nos meados de Setembro, já se tinha saudades das aulas.
Tempos sábios.

sábado, junho 11, 2011

terça-feira, junho 07, 2011

Vi uma lista de possíveis ministros.
De alguns, têm-me dito amigos comuns com quem falei sobre a possível participação deles no governo que não podiam, por questões de dinheiro, abandonar os cargos bem mais rendosos que ocupam.

sábado, junho 04, 2011

Meditação. Já comprei uma buzina e pus o champagne no frigorífico (Moet & Chandon). Contribui para a dívida externa mas nestas coisas vale a pena seguir Bismarck, que dizia que o patriotismo pára no estômago.

quinta-feira, junho 02, 2011

Que tempo bom! Mas falta nele tudo o que me lembro e o completava aqui na cidadezinha: gente, bulícios preguiçosos, um tom diferente desta desolação de ruas vazias, lojas fechadas, e por todo o lado marcas do possidinismo impante e falta de escrúpulos.

Esperemos melhores dias.