A edição d'Os pobres de que tirei o excerto do post de há pouco tem na contracapa umas palavras de Vergílio Ferreira que vou transcrever: "... A situação particular de Raul Brandão e que o diminui e engrandece, é que toda a sua obra abre para um mundo novo. É o mundo que nos coube, e em que estamos vivendo e de que ele transpôs apenas, em deslumbramento e terror, o incerto limiar.
Creio estar - e um pouco a minha geração, embora só possa falar por mim - também aterrorizado e deslumbrado à saída desses mundos que Brandão vislumbrou.
(Mas o que gosto mais em Brandão, mais do que o tom de iluminura impressionista d'os Pescadores, mais do que o cumprimento da convenção - e da convicção que, por vezes, é a da complacência com ele mesmo - é o descobrir esboços daquele "vôo para baixo" que Vieira dizia Santo António tão bem ter sabido voar)
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