quinta-feira, fevereiro 28, 2008

A falta que me fez a Constança Cunha e Sá. Agora, que ela voltou, é com argumentos sólidos que, às Quintas-feiras me entristeço com a coisa pública. Muito bom o artigo de hoje no Público.
Uma amostra:

«Esta semana, o verdadeiro retrato de Portugal não foi dado pelo documento da Sedes ou pelas suas radiosas antecipações. Foi dado, sim, pelas velhas "Novas Fronteiras" do eng. Sócrates e pela triste realidade que por lá se passeou. O optimismo balofo de um primeiro-ministro em campanha, o relato interminável das suas extraordinárias "medidas", os desafios inconsequentes a uma oposição que não existe e a habitual unanimidade que rodeia o poder mostram, com inesperada crueza, a mediocridade reinante e o resultado deprimente de três anos de propaganda. Infelizmente, o aparente autismo do primeiro-ministro não choca, como se tem dito, com as misérias do "país real": pelo contrário, a sua arrogância e a impunidade de que continua a gozar são o melhor reflexo da situação nacional.»

Diga-se o que se disser, é muito agradável ler prosa inteligente - e em bom português.

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