quarta-feira, fevereiro 06, 2008

ANTÓNIO VIEIRA

O céu strella o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e à gloria tem,
Imperador da lingua portuguesa,
Foi-nos um céu tambem.
No immenso espaço seu de meditar,
Constellado de fórma e de visão,
Surge, prenuncio claro do luar,
El-rei D. Sebastião.
Mas não, não é luar: é luz do ethereo.
É um dia; e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Imperio
Doira as margens do Tejo.
Fernando Pessoa, Mensagem

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