O Embaixador de Espanha mandou-nos trabalhar mais e reclamar menos - referia-se aos homens de negócio portugueses, mas adivinha-se a intenção generalizadora.
Na substância tem muita razão - mas não toda - na forma, comete uma grosseria, pior ainda, uma falta de caridade: a realidade e Portugal, dão-se mal, há muito tempo.
Ou dão-se bem - como suspeito - que isto é gente reformada do Império, como dizia o outro, do Império que fomos demasiadamente, por falta de que ser.
Não nos podem, por isso, obrigar a muito.
Paguem-nos a tença - com regularidade - e prometemos subsistir ordeiramente - por mofa e escárnio e desprezo.
Mas apenas isso.
Entretanto, por desfastio desta eternidade regrada e chata, expulse-se o Sr. Embaixador e invada-se Espanha.
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