O caso Moderna
O Impensavel lembra que no início... No início havia tráficos de armas, maçonarias, tenebrosas conspirações para a tomada do poder, associação criminosa, tráficos de influências, subversão da democracia...
Bem... acabou tudo numas condenações por gestão danosa e alguns crimes de ladroeira comum.
Convirá, ainda, não esquecer, que parte das verbas desviadas foram empregues na compra de carros chamados topo de gama - mas que nem sequer isso são senão para a classe média - e para roupa, não no Poole - onde Eça mandou fazer uns fatinhos, mas nos alfaiates nacionais, que não têm acesso aos melhores tecidos.
No meu tempo, liam-se livros de aventuras, desde Dumas à colecção dos rapazes - de que editora? Esqueço-me e tenho preguiça de ir ver. Quero crer que a geração, ou a meia-geração, abaixo da minha, esta que tanto se entusiasma a descobrir conspirações tenebrosas e ignomínias a cada esquina, leu menos aventuras e que, das séries televisivas, não foram sequer espectadores atentos do Sítio do Picapau Amarelo.
Depois, presas da monotonia, sem defesas, perante a chateza quaotidiana, é o que se vê... surgem cabalas, conspirações, tremendas coisas imaginosas.