terça-feira, março 27, 2007


Uma cena do Dr. House fez-me lembrar de um conto de Daudet, ou Maupassant, mas mais de Daudet e, de repente, lembrei-me da idade que tenho de ter para ver o Dr. House e lembrar-me de contos de Daudet e, confesso, esmoreci: comecei a matutar que preciso de fazer depressa qualquer coisa e desde sexta-feira passada que tento saber o quê. Lembrei-me do labirinto de Hampton Court, de me perder por lá uma tarde soalheira. Uma tarde inteira, levava um livro para ler. «Estive uma tarde inteira perdido no labirinto de Hampton Court, mas não dei o tempo por perdido: tinha levado um livro, aproveitei e li e até hoje tenho usado, em diversas ocasiões e com aproveitamento, os ensinamentos que dele retirei», diria. Seria a minha façanha. Precisaria, no entanto, ter ocasião para a contar, ocasião de tempo e lugar e obtê-la é difícil nestes tempos em que ninguém pára para escutar uma pequena história agradavelmente "daquela vez julguei-me perdido".

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