2ª feira...
Entre o artigo certeiro de Vasco Pulido Valente (há por aqui um pleonasmo qualquer) sobre a OPA da Sonae, a absoluta grosseria e extraordinária boçalidade a propósito de Agustina Bessa-Luís (tanta, que falar disso alguém, como eu o faço agora, é ainda, a seu modo, participar no que se denúncia), entre o lembrar-me de ter ficado a meditar, quando li que Portugal tinha estado amordaçado, que o grande segredo é, talvez, que o tenha estado em vão, isto é, desnecessariamente, já que nada tinha para dizer ou fazer, o ver que só agora - mas antes tarde do que nunca! - se vê gente incomodada com o cartão tudo em um, vendido como uma modernidade - que já vi muito gabada! - as policías a despachar com o primeiro-ministro, a situação económica sem melhora sensível, as reformas por fazer, entre tudo isto, estas coisas tão díspares entre si senão o serem relativas à nossa terra, seria difícil encontrar motivo para estar bem disposto se não fora ser o habitual da situação e não estivesse a ler o livro do Job.
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