4 de Dezembro de 1980
Depois da escolha que, em 1975, os portugueses fizeram de um Portugal europeu, era preciso que alguém o modernizasse. Essa tarefa consistia em tudo fazer para proporcionar a existência de uma sociedade civil que não dependesse do estado e, por isso, que este último, autoritário, intervencionista, burocrata, fosse reformado, reduzindo-se o seu papel na vida dos portugueses.
O homem para fazer isto era, sempre acreditei, Sá Carneiro e a AD, com o CDS de Amaro da Costa, foi o único projecto político que me entusiasmou.
Há 26 anos que um crime adiou esse país que sonhei. Com a morte de Sá Carneiro e sem que o estado ou o país tivesse sido, no essencial, reformado, temos isto, em que merecidamente estamos.
Onde, entre outras coisas, a morte de um Primeiro-Ministro fica ignóbil e gratuitamente impune.
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