Por aqui abominava-se a falta de princípios morais (ser «sem princípios» era a indignidade total, o lodaçal corrupto de que se pedia Deus nos livrasse sempre) e lastimava-se a falta de convicções.
Ainda hoje invejo o tom de verdadeira aversão com que era pronunciado aquele «sem princípios» que vinha do início do tempo e, sobre gerações sem mácula, caía como um pequeno, privado e fatal juízo final sobre o torpe que escolhera a abominação.
Tenho feito carreira noutro campo: no da aceitação - por vezes até à rejubilação - das nossas fraquezas - sem grandes convicções, o que, de algum modo, salva do opróbrio.
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