Que trovoada! Dizia a minha empregada que metia respeito: "Mete respeito, mete respeito!" Agora já passou e o dia clareia.
Mas vim aqui só para dizer que continua o espectáculo 3º mundista, melhor, pidesco e salazarista, pior, apenas pidesco, dos interrogatórios que se prolongam madrugada dentro. E nós convivemos com isto... E essa gente toda que para aí anda e se julga viajada e arejada e lida e julga opinar new yorker acha tudo muito natural. Há persistências... e nessa gente está, atávico, - como nos pides - o aproveitar a madrugada. Dantes, para ir à horta, ou à leira, ou para a ceifa, agora é para aplicar a justiça em nome do povo, por exemplo. Não lhes passa, por isso, pela cabeça que é pura barbárie este procedimento, proíbido - ou já nem sequer imaginável - em qualquer país civilizado (e praticante).
Como explicar-lhes que não se faz, que não é justo, que não é decente? Como tentar fazer-lhes perceber (gente à esquerda e à direita) que estas práticas decorrem de coisas que eles julgam abominar, decorre, afinal, da inquisição, da tortura, de mil crueldades subliminares, dessa crueldade dura e tão desmentida, que é a nossa?
É um cansaço, isto tudo.
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