quarta-feira, abril 04, 2007

"Nenhum partido da oposição parlamentar tenciona aproveitar as dúvidas que têm sido suscitadas pelo diploma de José Sócrates obtido na Universidade Independente"

Ora vamos lá a ver... aproveitar em que sentido? Obter uma ilegítima vantagem? Não se trata de tal: ninguém persegue o Sr. Sócrates por alguma infelicidade a que tivesse sido alheio. O que está em causa é, face ao publicado (leia-se, por todos, o Portugal Profundo), a existência de dúvidas - legítimas - sobre a licenciatura do actual primeiro-ministro.
Para além disso, e passando às certezas, já há uma, admitida na página oficial do Sócrates: desapareceu o título de engenheiro, que este não podia usar, mas que usou durante anos - e deixou que os outros usassem durante os mesmísimos anos.
O que está em causa é uma questão de carácter: mentiu o Sousa? E porque se enfeitou o Sousa com títulos a que não tem direito? O que diz isto sobre alguém de quem temos que ouvir declarações sobre os assuntos os mais importantes, declarações que podem levar-nos a tomar decisões que atingem as nossas vidas? Não é o uso de um título que se não tem um dos clássicos exemplos de vaidade e da mentirola a que levam as mais ridículas fraquezas e comezinhas misérias humanas ? Quem não se ri perante os falsos doutores & engenheiros, tão sinal , aliás, do nosso subdesenvolvimento?
E isto não é assunto para a oposição? Considerará esta que o carácter dos homens nada tem a ver com os seus actos?
Pois, ao contrário, creio que o actual primeiro-ministro deveria ser obrigado a explicar tudo muito bem explicado. A não ser... a não ser que tudo seja já indiferente. É possível, é bem possível que neste canto obscuro, onde imperam a boçalidade e o grotesco já nada valha a pena.
O Sócrates não é engenheiro e fez-se, até há dias passar por tal? Ele é que sabe e o que temos nós com isso?

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