Ouvi há pouco a notícia de que o Dr. Pacheco Pereira não pretendia já ocupar o cargo de embaixador junto da Unesco para que fora nomeado.
Assistia ao ilustre bloguista o direito de o exercer mesmo que não apoiando o novo governo: os embaixadores representam estados, não governos, e é de supor que existam políticas de estado a prosseguir e interesses nacionais a defender.
No entanto, não pode ser embaixador quem se exprime sobre o seu país como o Dr. Pacheco Pereira o fez no Abrupto: decentemente, ninguém pode esperar que alguém que publicamente lamenta o pobre destino do seu país possa representá-lo perante outro estado ou numa organização do cariz da Unesco.
O Dr. Pacheco Pereira, resolveu, por isso, optar por manter-se em Portugal e fazer oposição ao governo do seu partido com o qual não concorda.
Ainda bem, faz cá falta. Que, leal e com franqueza, diga o que acha que deve dizer sobre o seu país. É altura de Portugal começar a compreender, a respeitar o "dissender".
E, embora do acima dito retire eu que a opção não podia, de facto, ser outra, ainda assim está de parabéns por ter tirado as consequências que se impunham, quando há quem faça da inconsequência um modo de estar.
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