Não conheci a Figueira da Foz da imagem - nasci alguns decénios depois - mas a Figueira de que me lembro era a velhice suave dessa que ali vemos. Alguns posteriores arrroubos de modernidade ( o Grande Hotel e a piscina) não lhe tinham desfigurado o carácter de praia de "belle époque", de fim do século XIX.
Nos anos setenta começou o lento homicídio. Resta o cadáver embalsamado, por entre folhos e arrebiques de cimento, de uma tremenda falta de gosto.
Dos bons tempos, ficaram, na esplanada, alguns edifícios e a Casa Havanêsa.
Passar férias na Figueira da Foz tornou-se um árduo e triste exercício de abstracção.
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