segunda-feira, maio 31, 2004

A pretexto dos malefícios do tabaco vem aí mais legislação limitadora dos direitos dos que fumam, em nome da saúde dos que não fumam.
Parece-me que o melhor caminho seria o de criar condições para que os que fumam o possam fazer sem incomodar os que não fumam. Mas tal legislação sai cara, já que a sua aplicação implicaria gastos para o estado (criação de salas de fumo em condições, etc., etc...) e se o estado gosta de se fingir preocupado connosco, gosta de o fazer grátis. Daí o pendor para a proibição, para a punição, em detrimento de medidas mais eficazes (criação de consultas para abandono do tabaco, por exemplo).
Aliás, o estado português tem-se mostrado totalmente incapaz de resolver qualquer problema novo (ou menos novo) que exija mais do que uma atitude punitiva ou qualqer réstea de coragem: dizem-no, com pristina clareza os números realtivos à sida, à toxicodependência, ao alcoolismo ou à sinistralidade rodoviária.
Ficam os decretos, que são baratos.





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