A alegria de exclamar, «mas é isso, é exactamente isso!», também já a julgava prescrita por não uso. Mas não: quando encontrei aqui isto de de Ayn Rand: «A civilização é o progresso em direcção a um sociedade de privacidade. Toda a existência do selvagem é pública, governada pelas leis da sua tribo. A civilização é o processo de libertação do homem relativamente aos homens” - em itálico o âmago da coisa - relembrei como difusamente sempre pensara que os actos públicos dos soberanos eram, mais que impositivas e ameaçadoras encenações de poder, uma dádiva paternal, a renúncia dessa intimidade (por muito apenas moderna que possa ser a militância consequente nela) - que eles poderiam ter e não tinham - com especial destaque para os monarcas portugueses, com um péssimo serviço de mesa que sofriam em público - e para a ambição desmedida do viver recolhido que Mme. De Maintenon - que vinda das ruas onde mendigou publicamente - impôs em Versailles (ainda que sob o disfarce de excesso barroco).
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