C. é doente mental, esquizofrénico com comportamentos compulsivos de exibicionismo sexual.
Por tal foi uma vez condenado, cumpriu parte da pena.
Saiu em liberdade provisória.
A sua mãe, ao ver que o filho continuava a ter os mesmos comportamentos exibicionistas, pediu ao tribunal o internamento deste, com urgência, numa instituição psiquiátrica.
O tribunal demorou a decidir e acabou por negar o internamento.
Entretanto, C. comete outro acto de exibicionismo o que tem como consequência a revogação da liberdade provisória e o cumprimento do resto da pena a que fora condenado, numa prisão normal, para pessoas que não são doentes mentais.
Dentro da prisão, mais actos de exibicionismo levam a que três outros reclusos o violem e agridam, talvez para o "corrigir" ou "curar".
C., em virtude da agressão, vai parar ao hospital.
A sua mãe soube do que se passou por informações prestadas por guardas, quando ia visitar o filho (os serviços prisionais nada lhe comunicaram).
"Isto", esta mistura de brutalidade, incompetência, desleixo, sordidez, falência completa e criminosa das instituições, é um bom retrato do que somos.
O grave é julgarmos não sermos já assim. Mas somos. Todos os dias.
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