Sexta-feira de Carnaval
A arte da entrevista, no i (jornal que usa o português estropiado, que, por isso, não leio e onde fui parar inadvertidamente)
A arte da entrevista, no i (jornal que usa o português estropiado, que, por isso, não leio e onde fui parar inadvertidamente)
Está convencido da razão de Sócrates?
- Absolutamente convencido. [De que outro modo poderia responder o advogado - sem incorrer imediatamente e desde logo em responsabilidade disciplinar? E o jornalista que vai entrevistar um advogado não tem obrigação de saber isso e não fazer perguntas demasiado palermas?]
- Absolutamente convencido. [De que outro modo poderia responder o advogado - sem incorrer imediatamente e desde logo em responsabilidade disciplinar? E o jornalista que vai entrevistar um advogado não tem obrigação de saber isso e não fazer perguntas demasiado palermas?]
[...]
Aliás vejo com mágoa que tantas personalidades neste país estejam tão preocupadas com o direito à liberdade de expressão ou pensamento. (sic)
Que também é um direito inscrito na Constituição
- Sim, mas dizia, é uma coisa que me faz rir porque ninguém está preocupado com o valor da honra, do bom nome, da reputação, dos valores individuais – que são da maior importância. O que é mais importante? Pôr em causa isso é pormo-nos numa situação de brutal fragilidade perante filhos, netos, comunidade onde vivo, é uma situação de vergonha.
Daniel Proença de Carvalho, advogado do dito.
Haverá algum site de apoio aos traumatizados familiares de Nixon, ou familiares de políticos em geral? A graça desta parte da entrevista consiste em considerar que o estatuto de um político se rege, nestas questões, pelos mesmos princípios aplicáveis aos particulares que se ocupam meramente a cultiver son jardin. O uso de tais argumentos, de gargalhada em qualquer país do primeiro mundo - ao qual não pertencemos -, serve para aferir do nosso atraso. O jornalista não percebe a diferença?
4 comentários:
Deduzo que está de acordo com os meios.
Os fins justificam!
Fraco conceito de democracia.
Se quer uma explicitação: estou de acordo com a investigação do NYT no caso Watergate.
A democracia exige uma imprensa impiedosa com o poder político.
Impiedosa quer exactamente dizer o quê?
Quer dizer isso mesmo: com severidade e sem contemplações. O papel da imprensa e da liberdade de imprensa é asssunto abordado em numerosas fontes, dos acórdãos do TEDH a ensaios e estudos históricos, isto no que se refere a países do 1º mundo (ao qual julgava queríamos pertencer).
Documente-se, se quiser. Basta consultar a Amazon.
Far-se-ia bem em ir aprendendo sobre o assunto, evitando argumentos de entremez de aldeia, rocolha de aflitivos primarismos que além Pirinéus não ultrapassariam o âmbito do esperado em trabalhos de casa de alunos dos primeiros anos do ensino secundário.
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