Típico deste tempo em segunda mão: a Fnac tem obras sobre Restif de la Bretonne mas não de. Li Restif novo, à volta dos 18 anos, uma edição século XIX com um papel lustroso que me fazia alergia, sentia a pele dos dedos seca e prestes a esgaçar-se, como a seda velha. Já tenho encontrado mais livros com esse papel - ou será uma mistura de papel comum e inócuo, tempo e pó? - que me fazem sempre o mesmo efeito, mas apenas o Nuits de Paris lacerou além da epiderme, da ferida amena, até às ilusões subcutâneas da carne viva, em noites frias e deambulantes*.
* E no romance do Aguéev, já me esquecia. Era novinho, acredita-se em tudo.
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