Interessante o "Quadratura do Círculo" transmitido ontem: Pacheco Pereira, falando sobre os últimos e bizarros acontecimentos atribuiu a Jorge Coelho a posição que, inteligentemente, seria - e será - a do socialista: correndo, afinal, o essencial bem, porquê este clima de crispação desnecessário por «faits-divers» e que, no limite, pode vir a comprometer tudo, ou quase tudo? Dir-se-ia não haver uma razão.
Mas antes, Pacheco Pereira tinha já situado, com argúcia, a origem deste pus no furúnculo do ferido amor-próprio do Sr. Pinto de Sousa aquando da questão do diploma. Foi esse episódio que segundo Pacheco originou, ou precipitou, estes tão lamentáveis de agora.
Afinal, os enunciados sinceros ou hipócritas, bem ou mal intencionados, fazíveis ou totalmente megalómanos e absurdos que pretendem, no discurso oficial, serem os dos grandes desígnios nacionais - e mesmo planetários, como lembrava há dias um colega do Sr. Sousa - podem vir a sofrer, se não sofrem já, com as questões pequeninas da alma humana, um nariz de Cleópatra mental, um desses acasos - ou causas - da história, tortuosos, obscuros e ilustrativos da imperfeição dos homens que eram antigamente apontados por parentas idosas que sabiam a história de França na ponta da língua.
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