segunda-feira, maio 14, 2007

A propósito dos livros das vida deles, uma coisa se fica a saber: não há fiados na Casa do pobre Fernando Pessoa (que não tem, também, ao que me parece, um site a funcionar - não consigo aceder ao www.casafernandopessoa.com )
Depois destas verificações, deu-me para estar para aqui a magicar quanto ganhará aquela gente que por lá anda e a gente que lá vai. Não é que tenha sido acometido de miserabilismo provinciano. O que eu tenho é medo que haja os habituais cosmopolitismos devoristas, daqueles que dão (e com diferenças de dezenas de milhares de euros a favor dos funcionários portugueses mesmo quando a comparação é com congéneres de países infinitamente mais ricos) ordenados de puro escândalo - facto que, claro está, é considerado de falta de gosto estar sempre a lembrar.

Fiquei a saber destas coisas dos livros pelo Abrupto e pelo Da Literatura. Neste último, verifico - com surpresa - que se atribui aos portugueses a ingenuidade de pensarem que as coisas das letras devem ser pro bono. Ora, se há coisa aqui geralmente bem sabida é de que as letras não somente não são grátis quanto, no geral, são muito bem remuneradas: de folhetim em folhetim se chega a S. Bento escrevia Eça, isto na altura em que naquele convento residia o poder. Mas, já em tempo do autor do Conde de Abranhos, em poemetos, novelas ou crónicas se chegava também às rendosas administrações que asseguravam, para além da mera celebridade, os pingues rendimentos, tal como agora acontece hoje (com grande diversificação de cargos, atentos os descobertos pelo oitocentismo e tal aperfeiçoamento deles que alguns, de tão perfeitamente delineados, chegam quase a parecer úteis, se não mesmo sensata a sua existência).

2 comentários:

Anónimo disse...

Impensado,
Que tal clicar no site que se segue para ter acesso ao Blogue da Casa Fernando Pessoa

http://mundopessoa.blogspot.com/

Desejos de uma boa semana.

impensado disse...

Obrigado, clicarei!
Retribuo com muito gosto: boa semana!