Por momentos pensei que o feriado de hoje em Inglaterra fosse o do dia do Venerável Beda - um dos Santos da minha devoção e que sei ter o seu dia por esta altura - mas é o de Segunda-Feira de Pentecostes, dia que cá não é tão comemorado quanto nos restantes países europeus, pelos menos nos mais a norte. Aqui, em Portugal o dia passa sem se dar por ele e apenas nos Açores, onde a devoção do Espírito Santo é grande, é feriado nalgumas ilhas. Não percebo esta indiferença, porque é que é assim no continente e uma volta breve pela net não me elucidou sobre o assunto.
Não queria estar a dizer asneiras - mais do que as costumadas - e a ser injusto, mas parece-me que em Portugal se percebe mal o Espírito Santo e o nosso Deus verdadeiro é, como já dizia não sei quem, o Menino Jesus nas palhinhas, o do nosso Natal, doce, terno e salvo do frio pelos bafos da vaca e do burrinho e dos nossos ingénuos protestos pelo desconcerto do mundo, nascidos da nossa pena d'Ele, pena comovida, devota, verdadeira e sincera - até há pouco tempo, pelo menos. Mas, mesmo em alturas de mais atentas devoções, com os dias maiores e os calores esquecemos - e esquecíamos - um pouco o Menino Jesus (já para não falar de Deus-Pai...) e nem Santo António, S. João e S.Pedro nos salvam do paganismo solsticial.
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