quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Já agora.... e eu, onde ouvi falar do Dunne pela primeira vez? Num ensaio sobre Borges? Numa coisa do Eliot? E onde li o que tenho a impressão que li dele? Uma coisa sei: não foi nestes tempos de facilidade googliana: foi noutros, em que se precisava telefonar (começava logo por nunca vir nada na enciclopédia, dizia-se mal da enciclopédia, era a única consolação), sair de casa, ir a casa de amigos, depois de alguns nãos, palpites, lembrarmo-nos de quem, com certeza, tinha ou sabia de quem tivesse ou soubesse... Uma vez, lembro-me (seja-me permitida esta nota de pitoresco septuagenário), que depois dum ror de tempo a correr Ceca e Meca e olivais de Santarém por um livro de que precisava absolutamente, ter-me sentado num sofá em casa de uma amiga de quem ia, creio, despedir-me para sempre, vencido - e dignamente pronto a morrer de desânimo - quando olhei em frente, para a estante, e lá, lá onde eu nunca supusera que pudesse existir tal (era uma coisa de direito), ver a obra que procurava. E vinha isto... ah sim sobre as facilidades de agora. Ninguém imagina como era, ninguém.

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