Aproveitei a tarde para começar a resolver alguns assuntos desagradáveis. Com surpresa minha, a tarefa em si não demorou nem foi penosa. Tratava-se de começar, apenas.
Já perto das hora de jantar, vi Durão Barroso a debitar palermices sobre a necessidade das nossas "reformas estruturais". Ele finge esquecer-se que tais reformas não foram encetadas por um esquecimento, mas porque exigem sacrifícios à classe média em geral, a que decide eleições e, mais particularmente, àquela parte dela que conta com um lugar à mesa orçamental e dos fundos comunitários. Creio que a coisa só será feita quando, devidamente instruído por quem se fartar de nos pagar este estado de coisas, um qualquer funcionário comunitário pegar pelo bracinho o 1º ministro português da altura (a "coisa" não será para já) e lhe explicar - sem muita subtileza, não vá ele não perceber - o que é necessário fazer. Nessa altura acabarão as discussões estudantis e adolescentes sobre o "nosso rumo", a "nossa posição no mundo", o "nosso destino" que agora alimentam os nossos ócios e começará o tempo rude do 1º emprego.
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