Não acredito, tenho de confessar, que da discussão saia sempre a "luz". A "luz" pode surgir da calma e do sereno assentimento (e de ambas as situações pode surgir de igual modo o negrume, mas adiante). Tenho de convir, porém, que se a serenidade tem em mim um admirador, não deixo de, cândida ingénua e romanticamente, considerar a discórdia, a confusão e mesmo a algazarra como alfobres previlegiados de ideias, de "vida", de "inovação". Fraquezas...
Por isso, ficarei deliciado com a vitória do não em França, se tal ocorrer, e anseio pela bagarre que se seguirá. E perante a pobreza da vida nacional (e da minha vida mental) sempre é um assunto que nos ajudará a combater o tédio do Verão.
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