quinta-feira, fevereiro 03, 2005
Leio no Público, no "Dicionário de Campanha" de JPP o verbete Educação e formação profissional que, segundo o autor, primam pela ausência. Tem razão. O mais triste é que podem estar ausentes sem que, aparentemente, a gente estranhe ou se incomode. Eu não estranho: para mim, é já uma certeza que Portugal falhou, no essencial, a aproximação à Europa. A aversão ao risco é uma evidência e o sistema de ensino forma gente acomodada e que, acima de tudo, dependa "disto" assim como está. Que tudo tenha um ar mais "europeu e modernaço" é um facto. Mas é uma espuma ténue, à superfície. Portugal continua arcaico, pesado, dominado por inércias rurais: idolatra-se o estado, dele se espera, afinal, tudo - e neste tudo, o emprego (ou o subsídio, para os mais "arrojados"). E nisto, neste esperar pela benesse, pela arrumação nalgum "lugar que vai abrir agora" há, pelo menos, alguma sinceridade. Mas dispensa a "formação profissional".
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