Charlotte e JAC, tornados em albergues de micróbios, lamentam-se. O Impensável estima, a ambos, as melhoras e lembra-lhes Álvaro de Campos:
"Tenho uma grande constipação,
E toda a gente sabe como as grandes constipações
Alteram todo o sistema do universo,
Zangam-nos com a vida,
E fazem espirrar até à metafísica.
Tenho o dia perdido cheio de me assoar.
Doi-me a cabeça indistintamente.
Triste condição para um poeta menor!
Hoje sou verdadeiramente um poeta menor.
O que fui outrora foi um desejo; partiu-se
Adeus para sempre, rainha das fadas!
As tuas asas eram de sol, e eu cá vou andando.
Não estarei bem se não me deitar na cama.
Nunca estive bem senão deitando-me no universo.
Excusez un peu... Que grande constipação física!
Preciso de verdade e da aspirina"
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