Onde se finca o ponto fixo ao redor do qual giramos, edificamos, recuamos, avançamos, cedemos, damos, recebemos, tememos e ameaçamos?
Cioran - que, creio, estou a a parafrasear nesta tarde de Outono perfeito - crê na necessidade de renunciarmos ao apoio sobre qual construimos tudo, que abandonemos essa terra firma e vagueemos.
O mais que consigo nos melhores momentos - em dias como este - é sentir a dureza dessa terra, esse calo do que se é, e preferir a essa exiguidade da terra calcada a deriva para norte. Mas isso não é a ainda indiferença nem a renúncia, é um erro de método e que redunda em mero turismo ontológico.
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