terça-feira, junho 22, 2010

Tempo de reler «A Ilustre Casa de Ramires»
O problema é que a minha edição, a do Centenário, nunca foi encadernada e os livros mais lidos estão a ficar em mau estado, mas usar uma dessas edições que há para aí, com páginas que têm a dimensão, a disposição e a decoração de um apartamento de arrebalde é uma hipótese lúgubre. Não que o livro desabe nas minhas mãos, mas cada vez que pegar nele serei remetido para a minha negligência, preguiça e outros defeitos que invadem o jardim estreito das minhas virtudes, e ler sob o peso da humilhação não é o melhor dos exercícios.
E a saudade aperta:
«Desde as quatro horas da tarde, no calor e silêncio do Domingo de Junho, o Fidalgo da Torre...»

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