sexta-feira, novembro 24, 2006

Telefonou-me a minha empregada a dizer que "assim ficava em casa" se eu não me importasse - piedade tocante para me fazer crer que dissera eu outra coisa mais de acordo com as necessidades da minha comodidada e tal teria sido levado em conta e talvez mesmo pesado numa decisão que não fosse a de se pôr a salvo deste temporal desfeito. Disse-lhe que sim, que com certeza, que fazia muito bem. E percebo-a, de facto, isto está medonho. Mas e se os médicos e os... e os... e os... pensasssem do mesmo modo? Vai ser esta a linha do meu discurso - que pretendo subtil, conquanto firme -, segunda-feira, assim que ela chegue - se o tempo já estiver melhorzinho e ela se resolver, finalmente, a sair de casa.

P.S. Um parente meu, apanhado num "haviam" e afectuosa mas prontamente denunciado por mim, destinatário do mail que o continha, apresentou as suas imediatas e enfiadas desculpas. Ontem, tendo aparecido para tomar café, deixou cair, com ar casual, "a propósito do outro dia" que Camilo e Machado de Assis tinham caído no mesmo erro.
Dei-lhe os parabéns pela companhia ilustre.

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