Ontem à noite, no "Dossier Bergman" revejo o acordar da irmã moribunda de "Lágrimas e suspiros". Os gestos matutinos, neutros, "físicos", e depois o pavor, o despertar para a morte que é o despertar para a nossa humanidade, o locus de onde concretizamos a nossa singularidade.
Depois disto, deitei-me, li umas páginas do Diccionario do Pinho Leal, e acordei para este dia sem sequelas, envolto na suave e agradável luz da rotina. Apesar de tudo, e por precaução, mudei de água de colónia. A de ontem - uma das preferidas por Churchill, the bully, criada em 1902, tornou-me estranhamente buliçoso e o Bergman às 3 da manhã não é para repetir. Optei, por isso, por uma outra que me parece propiciar um après dîner mais calmo.
Bom tempo, apesar do vento. Vou passear.
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