Pouco a pouco, nos relatórios de organismos internacionais, os dados vão aparecendo: somos pobres, somos iletrados, temos maus serviços, afastamo-nos da Europa. Este país tristonho não é já o país herdado do salazarismo, não é já, sequer, o país onde se projectavam as sombras do país pobre dos anos da ditadura, isto é, não é um credível espaço de lamentação ( e esconjuro) de culpas e erros passados. Este país pobre, quase diria falhado, é o que quisemos, o que, ao longo dos anos, já em democracia, fomos querendo e deixando que fosse, o que hoje em dia queremos e consentimos.
O resultado é mau? O resultado é muito mau, tão mau quanto geralmente desconhecido.
Mas a culpa é nossa, a responsabilidade é nossa, de mais ninguém.
Sem comentários:
Enviar um comentário