Detesto sair aos Domingos.
Hoje, levado por uma infantil vontade de inovação, resolvi ir a casa de amigos, aventura dos seus quatrocentos e tal metros bem medidos. As ruas estavam desertas, pálidas e tépidas, o dão baladão do sino da igreja a chamar os fiéis para a missa da tarde manava do silêncio sonolento, provinciano, rural. Senti-me, de repente, em 1868. Arbitrariamente, já que nada sei de tal ano. Haveria, creio, mais gente nas ruas e a missa da tarde não existia, mas ainda assim foi nesse fim de decénio que me senti. Mas creiam-me - se tenho razão - que secante foi 1868! Tão secante como 2004. Pior não se pode dizer.
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