quarta-feira, setembro 24, 2003

Na Veneza de Casanova, ainda na do século XIX, impressionavam-se os visitantes (entre eles, o "nosso" 7º Marquês de Fronteira, D. José de Mascarenhas) com a ausência dos "ruídos da civilização": os dos rodado das carruagens, dos cascos dos cavalos.
Sobre esse silêncio enganador, jocoso, constrói Casanova a sua vida.
"Le genre humain est excessivement avide de récits" traduziu Montaigne do Natura Rerum de Lucrécio. Com Casanova, essa avidez mesma, libertária, converte-se em núcleo fundador do eu de que todos somos ainda herdeiros.

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