Estive a ler e a tratar de umas papeladas e quando vim fechar o computador vi a notícia da eleição do Dr. Menezes. Sorri da alucinação e olhei de novo, de olhos esbugalhados, a conferir. Mas era verdade, lá estava! Inesperado. Fui ver ao Abrupto: sim, de facto.
Resolvi que tiraria o maior partido possível da questão e mudei para a pele do espectador enfastiado que, afinal, acha, se irá divertir com a representaçao do entremez e se acomoda à cadeira para ver.
Devo confessar que pouco sei do Dr. Menezes. Sei que é um daqueles autarcas do norte. Vi-o agora, em campanha, numas gritarias desgradáveis que me provocaram má impressão (em compensação, sei que foi ou é médico, o que, nos tempos que correm e depois das histórias do Pinto de Sousa convirão que é já saber muito).
Mas que queriam? Usando uma corruptela muito do gosto da minha empregada, a coisa - que é a oposição ao governo - não «sordia» (ela quer dizer surdia, de surdir, que significa render) nem desenvolvia - mesma fonte - como deveria.
Mais tarde:
Entretanto, fui informar-me sobre o nosso facultativo e da nova situação por esses blogs fora. Fiquei com a impressão que o Major Valentim poderá estar mais próximo de ser ministro do que eu pudera alguma vez supôr e isso, meus caros, é uma forte impressão a estas horas da noite.
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