terça-feira, abril 04, 2006

Com estas conversas todas, resolvi ir à fonte, ao site de Margarida Rebelo Pinto e li algumas sinopses. Os narradores e narradoras estão desanimadotes com a vida e pensam um tudo nada arbitrariamente. Umas delas refere um com "ar de índio que sabe negociar a paz com paciência e alguma manha" e vá-se lá saber onde é que ela, a escritora, viu um índio a negociar daquele ou de outro modo ou, se viu, como podemos nós confirmar a justeza da imagem, não vale... Mas, acima de tudo, fiquei impressionado com a tristeza... que gente triste e desalentada, que soturno, que lua-de-londres! E apressado, aquilo é um corridinho triste.
Muito português de hoje, no entanto, essa tristeza afoita, o ar despachado, olha-depois-apanho-te-na-escala-em-Londres-não-me fujas-acredito-em-ti-acredito-para-Nova-York-sim-ainda-me-faltam-três-prestações, que é como se dizem estas coisas em prosa moderna, não deixa de ser do mais lídimo lamento e queixume lusos.
Não duvido que seja um êxito.

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