Ontem, dia passado em Coimbra. Compras. Feitas elas, as programadas, rumo à Baixa, pedir por mim e pelo País em Santa Cruz. Depois, tomando como base o Nicola, incursões pelas ruas vizinhas. Visita de devoção à Almedina e fúria compradora que me provocou problemas logísticos: as compras tiveram de ser levadas por um funcionário até ao Montanha que serviu de interface - gostei desta do interface Montanha - onde esperei que outra pessoa transportasse a livralhada toda até ao carro. Todas estas dificuldades se tornam mais compreensíveis se disser que entre os livros que comprei estava o Houaiss. Mais tarde, em casa, regozijei-me com a compra do dicionário, embora pense ter encontrado um erro na palavra "entrevista" que é dada como aparecida na língua em 1908 tendo eu quase a certeza que Eça a usou.
Em Coimbra ainda: que beleza de dia, que cor magnífica! De menos agradável, apenas o branco da pedra que usaram nos pavimentos das ruas e que, nalguns casos, pela intensidade luminosa, prejudica a riqueza cromática (também gostei desta).
E as pessoas? As pessoas das lojas (livrarias, lojas de roupa, de som e ourivesarias são amáveis, simpáticas, sabedoras e prestáveis, como tenho a vaga lembrança de terem sido as de Lisboa, anos atrás, muitos anos atrás. Numa dessas lojas entrei a fumar e, tendo-me apercebido disso, dispunha-me a apagar o cigarro quando me trouxeram, com ar simpático e solícito, um cinzeiro: podia-se fumar! Em sinal de gratidão, comprei uma caixa de dvds que, nos meus planos de compras, estava reservada para o depois de verão e, ainda uns Wagners e Mahlers dirigidos pelo Boulez.
Voltarei, assim possa.
Sem comentários:
Enviar um comentário