"E então, as feriazinhas? Para onde? Lá para baixo? Estrangeiro?" - isto dito com um ar afirmativo - o tom interrogativo é de mera retórica, antes convidativo a um assentimento cúmplice - deixa-me desarmado. Difícil explicar que fico em casa a arrumar papelada, pôr umas leituras em dia, preguiçar e gozar a ausência dos amigos, queridos amigos sejam eles - e que, este ano, diasporaram com um assombroso zelo. Uns na Índia, outros a caminho do círculo polar ártico après investigação ao Hermitage, outros, menos imaginativos, para o sol da Bahia.
Eu vou, daqui a pouco, ao supermercado, sem deixar de considerar que não é dia para se ir passear por entre as áleas dos produtos de limpeza, e onde felizmente, não espero encontrar ninguém.
E amanhã e depois, e talvez no Domingo, não tenciono sair de casa, espero, senão para as cerimónias da Semana Santa.
Daqui a pouco, à tardinha, relerei a sequência de Páscoa da Marguerite Yourcenar - tenho dúvidas se é este o título correcto - um roteiro para o essencial destes dias.
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