Em campanha (internética) contra o (des)acordo ortográfico.
É um compêndio dos nossos defeitos e de alguns dos brasileiros.
Os partidários portugueses do (des)acordo, embora de costas quentes pela penúria cultural governamental, rede de cumplicidades poderosa tecida de vaidades, cátedras, lisonjas e o tudo que é permitido pela entranhada falta de respeito por todos nós, não dispensam, ainda assim, o golpe baixo. Por seu lado, os brasileiros, com a atitude do caseiro enriquecido que compra o solar do antigo senhor, não conseguem disfarçar os primeiros olhares de proprietário, que acrescentam ao antigo ressaibo.
A má fé da transacção é evidente e os filhos do antigo dono começam a perceber que o negócio - ainda sem escritura em forma, mas já minutado, é mau.
É este o estado da coisa.
(Esta metáfora do pai nobre e dos filhos, que aqui são calaceiros bem intencionados, é usada para descrever o estado português e os portugueses há, pelo menos, 150 anos. Não há português que lhe não seja afeiçoado. Acrescentei o Brasil como caseiro enriquecido, o que equivalerá a assacar-lhe toda a maldade do mundo, ou pelo menos, parte dela).
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