Tem-se falado de Inquisição - como se ela não tivesse sempre sido, em Portugal, um instrumento do estado (não foi por fervor religioso que o Pombal - esse herói republicano - lhe concedeu o título de majestade, apenas devido ao soberano): além de polícia política e instilador de medos, terrrores, respeitos e temores reverenciais - que perduram hoje - a Inquisição produzia doutrina que se mantém, ainda viçosa, entre nós:
"[....] Foi por isso estendido no potro e atado de pés e mãos, foi-lhe protestado pelo notário que se elle réo morresse no tormento, quebrasse algum membro, perdesse algum sentido, a culpa seria sua e não dos Senhores Inquisidores que o julgaram ao dito tormento, segundo o merecimento do seu processo."
in António Baião, "Episódios Dramáticos da Inquisição Portuguesa", aqui.
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