sábado, maio 05, 2012

Creio que não é novidade.
Há muito que a imagem de Portugal no exterior é a de um país corrupto.

Quanto aos juízes: não creio que a renuneração  seja um problema. Em Inglaterra - naquele país onde não há ditaduras - 75% das acções são julgadas por pessoas comuns,  em voluntariado, que têm uma  formação de algumas  semanas e que recebem apenas modestas ajudas de custo para deslocações, não vendo ninguém nesse regime qualquer problema ou ameaça à independência judicial - que, por aqui, se eleva às altura de uma essência diafana e inefável, quando consiste na produção de decisões de acordo com a lei e não consoante o desejo do poder executivo. A tese que subjaz é a de que o dinheiro, ou a falta dele, deixam os juizes nas mãos do executivo. Não menos deixa o excesso de benesses e a expectativa de mais...
O que assegura a independência e a imparcialidade -  coisa diferente da «independência» -  dos juízes não é o dinheiro: é a honestidade e uma cultura que a premeie.

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