quinta-feira, dezembro 22, 2011

No século XIX Eça alertava os seus leitores: no parlamento inglês discutia-se com seriedade os abismos da nossa estupidez.
Não sei se somos estúpidos, mas sei que politicamente não nos recomendamos como democracia e estamos novamente falidos.
Enquanto isto, a assembleia da república, presidida por uma jovem reformada que afirma acreditar «que numa folha A4 se podia mudar a Europa toda»,  parece ocupada em fazer com que naquela câmara, pouco soberana, adopte uma versão mentecapta de Português, ao arrepio dos pareceres oficiais e que impica a mudança da grafia de milhares de palavras - facto inédito no mundo inteiro.
Os portugueses que não sejam diligentemente estúpidos ver-se-ão, assim, como em país ocupado, forçados à resistência a esta espampanante alarvidade - que, infelizmente, é também um crime contra a Cultura Portuguesa.

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