terça-feira, novembro 25, 2008

Uma enchente, este 25 de Novembro.

À cabeça, o aniversário do nascimento de Eça de Queiroz, que foi em 1845.

Depois, a lembrança de onde estava no 25 de Novembro. Contei tudo aqui.
Na actualidade: aparece na televisão um senhor psiquiatra a queixar-se que foi perseguido pelo PS, por ter dito que as testemunhas do caso Casa Pia não mentiam; mais: que estaria numa lista de gente a não nomear para cargos políticos. Não me admiro, mas o que faz um psiquiatra em cargos de nomeação política?
No meio de tudo isto, tenho alguma admiração pelo facultativo, que leva a ingenuidade ao ponto de achar que as pessoas normais não mentem. Terá algum cargo no Banco de Portugal?
Espero que os inocentes do caso Casa Pia sejam absolvidos e os culpados condenados. Faltaria demitir - com reforma mínima - aqueles (dezenas?) que lá trabalhavam e que, ao longo de anos, não julgaram conveniente pegar no telefone e ligar para a Polícia (sim, eu sei, é aquela mesma que também não sabia que havia prostituição no Parque Eduardo VII. Também trabalhará para o Banco de Portugal?)
Em sentido contrário, impõe-se condecorar uma das poucas pessoas que pareceu genuinamente preocupar-se com os pobres casapianos e que tentou, ao longo de anos, acabar com a situação: Mestre Américo.
Outra indignação - nada como o frio para realçar a fibra moral - : o dr. Constâncio diz-se vítima de uma perseguiçãoo que nem nos países onde há escândalos muito maiores. Talvez os escândalos envolvam quantias maiores, lá fora, mas os colegas do dr. Constâncio (o norte americano Bernanke, por exemplo) ganham bastante menos do que ele, Victor. Por isso, não se justifica o espanto do ilustre bonzo, não há qualquer desproporção.
Peço desculpa a Eça de Queiroz de o meter no meio deste salmis d'horreurs, como prometia os seus livros das scénas seriam, numa carta célebre a Ramalho.

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