quarta-feira, abril 23, 2008

Eis, julgo, uma das razões da pressa brasílica no «acordo» ortográfico (e, também, talvez, de tantas apressadas adesões, nestes tempos aqui de vacas magras e poucas e pouco rendosas prebendas, agora que um novo ouro negro parece começar a jorrar ).
Pena é que o português que se encontra nas faculdades do Brasil seja, na essência, pobre no léxico e pobre na sintaxe, onde um não sei quê de rígido e de endomingado convive com um à-vontade descuidado e caseiro. Pobre porque o Brasil não é um país desenvolvido, tem um péssimo ensino, fraquíssimos hábitos de leitura e, de um modo geral, fracas faculdades (as nossas, sendo más, têm das do Brasil a vantagem da distância que, apesar de tudo, vai do razoável do terceiro mundo ao medíocre do primeiro mundo).
Se tudo fosse feito com vontade de ajudar de enriquecimento e conhecimento mútuos... Se fosse com o fito no justo lucro... Mas temo bem que o subjaza a tudo isto sejam fumos de império, idos daqui e requentados lá, mas com muito menos êxito do que a feijoada.

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