NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Valete, Frates
in Mensagem, Fernando Pessoa
2 comentários:
Meu Caro Impensado,
o fátuo acho que sei quem é. Custa-me é a descortinar algum fogo...
Pobre País!
Abraço
De volta aos anos 60!
Visita http://palavrasdechocolate.blogspot.com/2011/04/de-volta-aos-anos-60.html E vem saber um pouco mais sobre os anos 60 em Portugal!
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