segunda-feira, julho 25, 2005
O comissário espanhol Almunia fala da possibilidade de um processo de pobreza acelerada em Portugal. Depois da apreensão inicial, quase se simpatiza com a ideia, tanto mais que a pobreza purificada no crisol da perda faz ainda parte das nossas alquimias salvíficas que, ao contrário do resto do mundo, se não apoiam em felicidades e fins felizes por medo de tudo isso ser uma estafante coisa. A paralisia da miséria ancilosou-nos, moldou-nos o esqueleto à miséria e, por isso, tudo o resto nos dói.
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